Quatro Formas de Comprar Dólar


Vai viajar? Veja quatro formas de comprar dólar



Mais um bom texto para facilitar a vida dos viajantes, Thiago Bronzatto escreve sobre as quatro opções para nos virarmos com dólar no exterior.
* Existem apenas alguns acréscimos no texto original feitos pelo dentrodachina.
** Observe que o destaque em azul são vantagens e em vermelho são desvantagens.
Texto de Thiago Bronzatto
Link original: Portal Exame

Travellers checks, dinheiro vivo, cartão de crédito ou Visa Travel Money? Saiba quais as formas mais vantajosas de fazer o câmbio.

Na hora de programar a viagem para o exterior, muita gente perde dinheiro por não saber qual é a melhor forma de fazer câmbio para curtir as férias. Segundo o Banco Central, o dinheiro vivo, em especial o dólar americano, costuma ser a opção mais usada pelos turistas brasileiros, que movimentaram só no terceiro trimestre 1,148 bilhões de dólares com turismo no exterior. Com a atual valorização do real sobre o dólar, o viajante pode ser induzido a comprar o papel-moeda, achando que está aproveitando a volatilidade do câmbio. "Mas ele pode estar enganado, porque o dinheiro em espécie é 0,01 real mais caro que as demais formas", diz o economista Fábio Gallo Garcia, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Pode ser uma pequena margem, mas ela faz diferença para quem converte grandes quantias de dinheiro e não quer perder mais centavos do que o necessário."

Se por um lado a vantagem de comprar papel-moeda é saber o quanto o turista desembolsará pela conversão do real para o dólar, evitando surpresas futuras com as oscilações do câmbio, por outro a principal desvantagem é o risco de carregar no bolso todos os recursos das férias. Se o turista for roubado ou se perder a carteira com todo o dinheiro dentro, não adianta culpar o tal do Murphy, principal responsável por todas as desgraças do mundo. Dificilmente, o dinheiro será reembolsado. "Do valor total de dinheiro que se pretende levar, é aconselhável separar apenas 20% em espécie", recomenda Garcia.

Visa Travel Money

Uma forma interessante de levar dólar para o exterior é por meio do dinheiro eletrônico Visa Travel Money, ele funciona como um cartão de crédito pré-pago, disponível no Site Cotação. Essa opção funciona como um celular pré-pago. A pessoa pode fazer recargas de 200 dólares (no mínimo) a 20 mil dólares, usando-o conforme necessário. Caso precise de mais dinheiro, é possível recarregar o cartão via transferência (DOC ou TED) para a casa de câmbio Cotação, que reverterá isso em créditos no cartão do viajante. Sem anuidade, esse cartão cobra uma taxa obrigatória de 0,38% de IOF (imposto sobre operações de câmbio) na hora da compra da moeda e o valor fixo de 2,50 dólares (2,50 euros na Europa) a cada saque de dinheiro que o viajante fizer em caixas eletrônicos no exterior. Ao todo, são 840 mil lugares disponíveis para saques em todo o mundo.

Com o VTM, se o turista estiver em Pequim e precisar de dinheiro para pagar um táxi, a conversão de dólar para iene será feita automaticamente na hora do saque, considerando a cotação do momento. Não será cobrada taxa alguma além da do saque. O mesmo vale para quem pagar a conta de um restaurante em Paris com o cartão pré-pago - o valor gasto será debitado sem acréscimo. Por uma medida de segurança, o usuário sempre deverá digitar uma senha, evitando assim que o seu cartão seja clonado.

Lançado no mercado pelo Banco Rendimento, em 2003, o Visa Travel Money conta hoje com cerca de 450 mil clientes. A expectativa é que, em 2010, o número total de cartões emitidos pela instituição aumente em 125%. "No ano que vem, além do dólar e euro, teremos à disposição dos nossos clientes a libra esterlina", conta Alexandre Fialho, diretor de planejamento do Banco Rendimento. Segundo ele, esse tipo de cartão é interessante, por exemplo, para pais cujos filhos fazem intercâmbio no exterior. "Se o adolescente perder o cartão, em até 72 horas ele será restituído com outro. Além disso, a vantagem é que o pai poderá acompanhar o extrato online atualizado, controlando os gastos do seu filho quase que em tempo real."

Outra vantagem é que se o câmbio disparar, o turista que já fechou a operação e tem dólares para gastar em seu cartão poderá curtir as férias tranquilo, sem se preocupar com a fatura que terá de ser paga na volta. Além disso, em caso de roubo, o cliente pode cancelar o cartão antes de ter prejuízos e depois requisitar outro à Visa que promete entregá-lo em qualquer parte do mundo em até 72 horas.

Cheques de viagem

A terceira forma de comprar dólar turismo são os Travellers Checks, ou cheques de viagem, que podem ser convertidos em dinheiro vivo em instituições financeiras. No site da American Express é possível localizar os postos de troca dos travellers. Dependendo do país, o valor da conversão para o papel-moeda pode chegar a 10%, taxa cobrada pela comissão dos bancos - caso da Argentina (10%) e Portugal (5%).

Em média, os travellers saem 0,01 real mais baratos do que o dinheiro em espécie e, geralmente, estão equiparados com a cotação do Visa Travel Money. Nesta terça-feira (15/12), por exemplo, o dólar turismo para dinheiro em espécie saía por 1,90 real, enquanto que para travellers checks e VTM a moeda americana era vendida a 1,89 real. "Se a pessoa comprar uma quantia razoável de mil dólares, ela consegue um desconto sobre esse valor", indica Marlene Milan, diretora de câmbio do banco Bradesco. "O valor da cotação dos travellers varia de instituição para instituição. Por isso, vale checar os preços incansavelmente até fechar um bom negócio", diz Milan.

A maior vantagem dos cheques de viagem tem a ver com a segurança que eles proporcionam. Para evitar extravios, eles só podem ser utilizados com a assinatura e mediante a apresentação de documento de identificação do portador no caixa do banco. Em caso de roubos ou perdas, a American Express, única emissora no Brasil, reembolsa o cliente em até 48 horas.

A reclamação mais frequente de quem viaja para países específicos e compra cheques de viagem é que faltam opções de estabelecimentos de troca. "Recentemente, fui para a Turquia e, além de Istambul, tive dificuldade de encontrar um lugar onde eu pudesse trocar os meus travellers checks por dinheiro", conta a professora de macroeconomia da PUC-SP, Patrícia Cunha. "Exceto nos Estados Unidos, os travellers estão ficando ultrapassados. Há uma preferência clara no mercado global por dinheiro eletrônico", diz.

Para Humberto Signorelli, cliente manager do American Express no Brasil, os travellers checks continuam sendo a segunda opção mais usada pelo turista brasileiro. "Em nove anos de mercado, já vi muitos períodos de turbulências no câmbio. Mas, no momento, os travellers checks estão indo bem no que diz respeito ao grau de aceitação do consumidor", garante ele. Até julho de 2010, a American Express pretende lançar um cartão pré-pago para concorrer diretamente com o Visa Travel Money. "Queremos ampliar os nossos serviços para os nossos clientes", resume Signorelli, sem dar mais detalhes sobre o novo produto. A Mastercard também não possui produto semelhante.

Cartão de crédito

Quem prefere não ter o trabalho de trocar os cheques de viagem no banco pode usar os cartões de crédito internacional. Mas vale lembrar que os custos serão maiores do que com o dinheiro vivo e com o cartão de débito do Visa Travel Money. "Alguns cartões de crédito consideram a cotação do dia em que é realizada a compra. Isso dá uma noção para a pessoa do quanto ela está pagando pelo produto", explica Evaldo Alves, professor de Negócios Internacionais e Comércio Exterior da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. "Mas outros cartões de créditos consideram a cotação no dia do fechamento da fatura. Aí, o consumidor dá um tiro no escuro, porque se o dólar subir depois do momento da compra ele poderá ser surpreendido pelo valor pago no produto", diz.

De um jeito ou de outro, todas as compras efetuadas no cartão de crédito serão acrescidas de 0,38% de IOF e, dependendo da bandeira do cartão, mais 2% de manutenção. "Por exemplo: se a pessoa comprar no cartão de crédito uma camisa por 20 dólares (com um dólar sendo cotado a 1,89 real), ela pagará 38,69 reais pelo produto. Ou seja, 0,89 real a mais do que se comprasse com dinheiro vivo ou com o Visa Travel Money", compara Alves.

Em todo o caso, a maneira de minimizar os gastos no cartão de crédito é incluí-lo em algum plano de milhagens. Isso significa que, dependendo do caso, a cada um dólar gasto no cartão de crédito dois pontos serão revertidos para a conta do cliente. Ao atingir um valor mínimo estipulado pelo plano de milhagem, será possível trocar as milhas acumuladas por passagens aéreas nacionais e internacionais.

Na dúvida sobre qual é a melhor maneira de comprar dólar, especialistas em câmbio recomendam que sejam avaliados os seguintes critérios: destino, tempo de permanência no país, cotação do dólar e restrições orçamentárias. Ao ponderar sobre essas questões, cada um chegará a uma forma mais adequada para o seu perfil. Tomada a decisão, é só embarcar com fones no ouvido e dar play naquela música que tem a cara das férias.

Texto de Thiago Bronzatto

Veja também as diferenças entre os dólares Comercial, Turismo e Paralelo

4 comentários:

  1. Thiago, quem me dera fosse essa a minha dica para o dia. Primeiro preciso descobrir um meio de ganhar Reais o suficiente para comprar Dollares, fazer viajens...
    Voltarei aqui caso eu descubra em breve. (sorrio).

    Abraço do Jefhcardoso que falou de amor no http://jefhcardoso.blogspot.com

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  2. rsrsrs. Será um prazer postar uma resposta para esta questão, estarei esperando seu retorno então jefh.
    Forte abraço

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  3. Mto boas as dicas, usei o VTM e não me arrependi.

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  4. o VTM é uma ótima opção sim, pena que ainda não pode ser usado para fazer compras na internet, seria uma evolução e tanto. Não podemos esqueçer que é uma economia de 2% de iof em relação ao cartão de credito.

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