A China fechando as portas

A Chin@ está fechando as portas para os estrangeiros. Desde as Olimpíadas de 2008, quando o governo chinês dificultou a obtenção de vistos para estrangeiros, a situação só está piorando. Apesar do visto de turista ainda ser obtido com determinada facilidade (não na embaixada do Rio, onde o atendimento é péssimo e cheio de burocracias) os demais vistos estão se complicando cada vez mais.

O visto de negócios está cada vez mais difícil de ser obtido, à taxas cada vez mais altas e uma burocracia indecente. Algumas províncias da Chin@ também estão fechando suas portas para o capital de pequenos investidores e vistos de trabalho, para um estrangeiro abrir uma pequena empresa hoje na Chin@, mesmo em províncias isoladas e com pouco investimento estrangeiro, como Yunn@n, além das taxas e burocracia, tem que depositar em um banco chinês 50 mil dólares de caução que estarão bloqueados nos três primeiros meses de vida da empresa. Muitos amigos que sonhavam em abrir uma pequena empresa aqui estão desanimando e arrumando as malas para voltar para suas nações.

As regras mudam o tempo todo e a ultima novidade ocorreu com os vistos de estudantes, atualmente um estudante de mandarim paga por semestre cerca de 600 dólares, mas durante as férias (época em que os estudantes estão viajando e tem pouquíssimo acesso a informações sobre as escolas) o governo soltou uma “nova lei” dizendo que todas as escolas, inclusive as privadas, terão que ter um piso de 1300 dólares no curso de mandarim, ou seja, quem chegar para fazer a matricula à partir de setembro terá que engolir um aumento de mais de 100% ou arrumar suas malinhas e “picar a mula”, mesmo que uma escola privada não concorde com o aumento terá que fazê-lo, são as mazelas do comunism@. Imagine o governo brasileiro soltando uma lei dizendo que faculdade pra “gringo” daqui em diante é tanto, mesmo nas escolas privadas. Na verdade isso já ocorria com as escolas publicas aqui da Chin@, os filhos de estrangeiros que quiserem estudar numa escola publica chinesa tem que pagar  até 10 vezes mais que os filhos de chineses, por isso os estrangeiros colocam seus filhos em escolas privadas chinesas ou internacionais. Quando questionados, a resposta é sempre a mesma, “quando um chinês vai pra o seu país tem que pagar mais também”, não sei de onde eles tiram esta idéia, pois em países como EUA e Brasil estrangeiros tem educação de graça (se assim quiserem) e ainda a chance de obter cidadania, o que na Chin@ é impossível. Mas para eles é uma questão de “reciprocidade”, claro, de coisas que eles deduzem que ocorrem quando um chinês vai pro exterior.

O investimento estrangeiro é uma benção pra Chin@, mesmo as pequenas empresas, as vezes transformam cidades “sem graça”, como as do sudoeste chinês em lugares interessantes para o turismo, com cafés e comida variada, tirando a cidade da mesmice oriental, até mesmo porque o chinês fazendo comida estrangeira é uma “negação”, na churrascaria brasileira da cidade em que vivo a picanha é temperada com sal comum sendo deixada de molho em uma bacia cheia de água para “pegar o gosto”, um assassinato a culinária brasileira.

Foi noticiado esta semana na imprensa local que o aumento das escolas de mandarin não foi recomendado pelo governo, na verdade foi uma tentativa das escolas privadas  de mandarin de subir bruscamente o valor e formar um tipo de "Cartel" para combinar o preço. Muitos alunos, indignados com a situação, e já estão migrando para as escolas do Governo.